Esfriou ontem em São Paulo. E se esfria, doem as minhas costas. Doer, elas doem sempre, mas é como se eu me desse ao direito de percebê-las com mais detalhes quando a temperatura cai. Eu quase escuto cada uma das vértebras reclamando espaço. Começa na lombar, quase no cóccix, coisa horrível. Já contei sobre como quebrei o cóccix? Não? Pois se contei, conto de novo. Já que quem faz uma fratura dessas, deve ter, no mínimo, o direito de dividir o lamento. Montanha-russa, dá para acreditar? Naquele impacto do freio repentino, sabe?
Depois desse dia, nada foi como antes. Agora estão aqui as vértebras todas a fazer o seu barulho, a maldizer o inverno paulistano. Por que será? Será a bolsa de água quente? Desde o primeiro dia de inverno até quando já é calor, e luto para me convencer que já não faz mais sentido acompanhá-la, o o dia a digitar 2:12 no microondas.
Achei graça quando a Lalá me disse, no sábado, que a bolsa funciona como um bichinho de pelúcia pra mim;”Cadê seu ursinho mami, tá no micro"> Canal do Whatsapp