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Luísa Lessa

Luísa Lessa

Luísa Galvão Lessa Karlberg é pós-doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); membro da Academia Brasileira de Filologia; presidente da Academia Acreana de Letras; membro perene da IWA. Email: [email protected]

Uso da língua portuguesa no dia-a-dia

Luísa LessaporLuísa Lessa
05/08/2022
A A
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O uso da língua portuguesa, no dia a dia, tem situações curiosas que fascinam. É certo que muitas palavras são empregadas com os sentidos mais diversos e, assim, por vezes, a significação com que são usadas nada tem a ver com a significação base. Caso curioso é a utilização das palavras estupro, rapto, seqüestro, furto, roubo, liminar, denúncia, tão comuns no cotidiano brasileiro.

Segundo a lei, <<estupro>> é só de mulheres. Algo parecido ocorre com a palavra <<rapto>>. Com certa freqüência lê-se, nos jornais do país, que “uma criança foi raptada”. Aqui, observa-se o mal uso de uma palavra: um menino não pode ser raptado, pois rapto é sempre de mulheres e com fins libidinosos. Na verdade, as crianças são seqüestradas. Como não há pedido de resgate, preferem dizer que elas foram “raptadas”. Há quem pense que, se não houver pedido de resgate, não há seqüestro. Outro engano. Quando o seqüestrador entra em contato com a família e exige alguma coisa em troca para libertar o seqüestrado, tem-se um outro crime: a extorsão. Assim sendo, o que os jornais chamam de <<seqüestro>>, na maioria das vezes, trata-se de um seqüestro seguido de extorsão ou extorsão mediante seqüestro. Seqüestrar é “tirar a liberdade de alguém ou alguma coisa”. É por isso que um bem pode ser seqüestrado, ou seja, torna-se indisponível (seu dono não pode vendê-lo, por exemplo).

Outro fato curioso acontece com as palavras “roubo” e “furto”. Só há roubo se houver algum tipo de “violência”. É comum às pessoas definirem os cleptomaníacos como “aqueles que têm a mania de roubar”. Está errado. O cleptomaníaco tem a mania de furtar. Em geral, essa pessoa não agride ninguém. O seu prazer é “pegar escondido”.

É também comum, no uso cotidiano, o uso da expressão:”Fulano entrou com uma liminar.” Ora, ninguém entra com liminar. Liminar é algo que se pede, e o juiz concede ou não. É a mesma história do “entrar com efeito suspensivo”. Isso é muito comum no meio esportivo. “Efeito” é conseqüência. Ninguém “entra” com efeito suspensivo. Mais uma vez é algo que se pede. O certo, portanto, é dizer que “se pediu efeito suspensivo”. Agora, imagino que um juiz deve ficar aborrecido quando alguém diz que ele “deu um parecer”. Quem dá parecer é consultor, perito, advogado. Juiz decide.

Quanto ao termo “denúncia”, para quem não sabe, a verdadeira denúncia só pode ser feita pelo Ministério Público. Apenas o promotor pode apresentar uma denúncia. Rigorosamente, uma pessoa não pode denunciar o seu vizinho porque ele bate na mulher. O cidadão comum acusa. Na verdade, nós estamos falando de uma denúncia formal, pois na linguagem popular o uso do verbo denunciar já está consagrado. Depois do “disque-denúncia”, então, não tem mais jeito. O povo faz a língua e não o contrário. Todavia, a gramática é conservadora e algumas formas são condenáveis. O bom mesmo é ler com a atenção aquilo que preconizam as normas gramaticais e não sair por aí falando ou escrevendo bobagens.

 

DICAS DE GRAMÁTICA

GARÇOM/GARÇÃO/GARÇONETE/GARÇOA

A palavra “garçom” (que possui a variante “garção”) vem do francês “garçon” (“jovem”, “rapaz”) e já foi usada em português com o sentido original, como se vê neste fragmento de Machado de Assis, citado no “Aurélio”: “Era um lindo garção, lindo e audaz”.

Na língua de hoje predomina a forma “garçom”, com o sentido de “empregado que serve em restaurantes”. O “Vocabulário Ortográfico”, da Academia, registra “garçoa”. O único dicionário que registra “garçoa” é o de Caldas Aulete, que lhe dá o sentido de “moça”, “rapariga”. Os demais dão apenas “garçonete”, e só como “empregada que serve em restaurantes”.

SÓ/SÓS/A SÓS

A palavra só, quando equivale a somente, não varia. Quando equivale a sozinho(s), sozinha(s), varia. A expressão a sós (= sem mais ninguém) é invariável.

Exemplos:

Só esse rapaz não trabalhou. (somente)

Só esses rapazes não trabalharam. (somente)

Ele ficou só (sozinho) naquela casa imensa. (sem mais ninguém)

Elas ficaram sós (=sozinhas) naquela casa imensa. (sem mais ninguém)

Ela queria ficar a sós. (sem mais ninguém)

Eles queriam ficar a sós. (sem mais ninguém)

TIQUE-TAQUE / TIQUE-TAQUES / RECO-RECO / RECO-RECOS/ BEM-TE-VI / BEM-TE-VIS

Os substantivos compostos onomatopaicos, ou seja, aqueles formados por termos que em sua pronúncia lembram o som da coisa significada, têm apenas seu segundo elemento pluralizado.

Exemplo:

Na loja se escutavam os tique-taques dos relógios.

Um bem-te-vi; Dois bem-te-vis.

Um reco-reco; Dois reco-recos.

CAMISAS AMARELO-LIMÃO OU CAMISAS AMARELO-LIMÕES

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Existe um caso em que o adjetivo composto é invariável.Trata-se de alguns nomes de cores, nos quais o segundo elemento é um substantivo.

Exemplos:

camisas amarelo-limão
vestidos azul-piscina
saias verde-garrafa

Apesar de não se incluírem na regra acima, as cores “azul-marinho”, “azul-celeste”, “cor-de-rosa”, “cor-de-carne” e as palavras adjetivadas “ultravioleta”, “infravermelho”, “turquesa” e “pastel” também se apresentam invariáveis.

Exemplos:

meias azul-marinho
olhos azul-celeste
blusas cor-de-rosa
biquínis cor-de-carne
raios ultravioleta
raios infravermelho
maiôs turquesa
tons pastel

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