A capital acreana tem registrado fortes chuvas, no últimos dias. Apesar do volume extenso de água, a Defesa Civil de Rio Branco descarta a possibilidade do Rio Acre ultraar, novamente, neste ano, a cota de transbordamento.
“Como ele [Rio Acre] está com uma calha bastante elevada, mesmo que nós tenhamos chuvas fortes nos próximos dias, como é previsto, nós não teremos preocupação em ultraar uma cota de atenção, que é de 10 metros. Então, não voltaremos com uma cota alta. Que necessite, por exemplo, utilizar novamente toda essa estrutura, toda aquela dor de cabeça que aconteceu”, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, se referindo aos abrigos públicos.
Entretanto, explica Falcão, os igarapés podem apresentar riscos de inundações. “Pelo rio Acre não temos essa preocupação, mas pelos igarapés temos. E é por isso que nós ainda temos aqui a responsabilidade, com parte do parque, para se acontecer de ter vítimas desalojadas, desabrigadas pela questão dos igarapés, a gente tem onde abrigar. Uma vez que nós não podemos mais utilizar escolas, porque então vai prejudicar o ano letivo”, frisou o militar.
Em 2024, o Rio Acre atingiu a marca de 18,89 metros no dia 6 de março, registrando a segunda maior alagação da história de Rio Branco. A enchente afetou mais de 70 mil pessoas direta e indiretamente.
Alerta de chuvas intensas
Nesta quarta-feira, 27, O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de chuvas intensas em todo o Acre. O aviso é válido às 10h desta quinta-feira, 28.
O aviso prevê chuvas de 20 e 30 milímetros de chuva por hora ou até 50 mm no dia, com ventos intensos que podem chegar de 40 a 60 quilômetros por hora. Há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, em caso de transbordamento dos igarapés, os transtornos podem ser elevados para a população e o poder público.
“Se nós tivermos uma enxurrada na proporção de 2023, fica quase igual a enchente do rioo. É uma população muito grande, porque nós temos muitos bairros que são atingidos por enxurradas. Estou fazendo, inclusive, um estudo bem minucioso, que eu vou encaminhar para o Ministério Público, inclusive, com todos os impactos dos igarapés nos diversos bairros. Então, se for uma enxurrada muito, muito forte, a população afetada pode chegar muito próxima da população do Rio Acre”, observou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco.
