Apresentado na Câmara de Rio Branco pelo pastor e vereador Arnaldo Barros (Podemos), o projeto de lei que visa incluir a Bíblia como material paradidático nas escolas municipais vem sofrendo duras críticas pelo seu teor excludente para com os demais tipos de fé.
Dirigente da Tenda de Umbanda Luz da Vida, a sacerdotisa Mãe Marajoana de Xangô afirma que o PL empurra ainda mais para a “gaiola”, ou “bolha”, os adeptos das religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras, reforçando estigmas históricos sofridos por essas comunidades.
Ela reflete sobre a função do ensino religioso nas escolas em um país laico como o Brasil. “O objetivo de lecionar religião nos colégios é de dar orientação a um estudante sobre seu papel na sociedade e os valores das diferentes religiões para o ensino. Não cabe, de forma alguma, discriminar e praticar racismo com outras denominações”, afirma.
E justifica: “Vivemos todos em comunidade. E em uma sociedade que convive com o todo, a criança deve entrar em contato com noções que vão desde justiça à cultura de paz entre os indivíduos. E qual é a paz entre os indivíduos que esse PL prega, ao determinar que os estudantes tenham o a uma única fé"> Canal do Whatsapp