As enxurradas que castigaram dezenas de famílias em pelo menos 17 bairros de Rio Branco no último final de semana voltou a pautar os debates na Câmara de Vereadores.
Nesta quinta-feira, 27, data em que um morador do bairro João Paulo, na Baixada da Sobral, compareceu à tribuna e desabafou sobre o problema, vários parlamentares repercutiram o assunto em seus discursos.
O vereador Bruno Moraes (PP) defendeu maior protagonismo da Casa para lidar com a questão. Ele propôs a criação de uma frente parlamentar para acompanhar a situação, ideia que foi elogiada pelos colegas.
Já o petista André Kamai se solidarizou com as famílias afetadas e destacou que o problema só será superado de vez após a prefeitura tratar o tema com prioridade e fazer os investimentos necessários.
Eber Machado (MDB), que faz oposição de direita ao prefeito Bocalom (PL), disse que a cidade está abandonada. Ele fez um requerimento de audiência pública com várias secretarias municipais para discutir os alagamentos.
Antônio Morais (PL) disse que tanto o atual prefeito quanto os ex-gestores têm responsabilidade sobre o que aconteceu com as famílias afetadas e sugeriu ações paliativas, mas sem perder de vista as definitivas.
Márcio Mustafá (PSDB) defendeu que os todos os vereadores, juntos, caminhem do bairro Plácido de Castro até a ladeira do Bola Preta, ando pelo Boa Vista, para averiguarem com os próprios olhos o drama das famílias.
Samir Bestene (PP), por sua vez, frisou que vereadores possuem limitações quando o assunto é execução de serviços e lembrou que a responsabilidade de mudar a realidade dos moradores é da prefeitura.
Por fim, o emedebista Fábio Araújo destacou a dor das famílias que, todos os anos, precisam comprar móveis novos após perderem os objetos para as águas da alagação do rio e dos igarapés, além das enxurradas.
