A greve dos trabalhadores da educação municipal de Rio Branco segue mantida após a categoria, reunida em assembleia, rejeitar a proposta da prefeitura de suspender o movimento até a apresentação de um novo plano de reajuste. A informação foi confirmada À GAZETA pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, na tarde desta quinta-feira, 22.
De acordo com a dirigente sindical, o secretário municipal de Educação e atual prefeito em exercício, Alysson Bestene, propôs a criação de uma comissão de negociação e a elaboração de um relatório econômico com a promessa de apresentar uma proposta salarial na segunda quinzena de junho. A condição, no entanto, seria a suspensão da greve — o que foi recusado pela categoria.
“A categoria não aceitou suspender o movimento, e a greve está mantida”, afirmou Rosana. Ela relata que a prefeitura tentou desmobilizar o movimento com ameaças de corte de contratos, suspensão de pagamento de aulas suplementares e retirada de servidores de contra turnos. “Parte da categoria recuou, mas a maioria permaneceu firme”, completou.
A mobilização deve continuar com visitas às escolas e um acampamento em frente à Câmara Municipal previsto entre quinta e sexta-feira desta semana, conforme informou o sindicato.
‘Prefeitura está aberta ao diálogo’
Por sua vez, o prefeito em exercício, Alysson Bestene, declarou que a prefeitura está aberta ao diálogo, mas que qualquer avanço depende de responsabilidade fiscal. “O prefeito Tião Bocalom sempre orientou que não se pode colocar em risco as finanças do município. Tudo será feito com base nos números”, afirmou.
Bestene também destacou que, embora a paralisação seja liderada pelo Sinteac, outras entidades sindicais da educação não aderiram ao movimento. “Estamos com uma comissão formada por secretários e técnicos. Pedimos esse prazo até junho, para que com dados em mãos, possamos construir uma proposta realista, dentro da legalidade e das condições do município”, completou.