O novo relatório do Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025, divulgado nesta quinta-feira, 29, revela um cenário preocupante para o Acre e sua capital, Rio Branco. A cidade está entre as capitais com os piores indicadores de progresso social do país, com nota 62,29, ocupando a 23ª posição em um ranking de 27 capitais brasileiras. Apenas Belém, Salvador, Maceió, Macapá e Porto Velho tiveram desempenho inferior.
Elaborado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o IPS Brasil mede anualmente o desempenho social e ambiental de todos os 5.570 municípios do país com base em 57 indicadores divididos em três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. As notas vão de 0 a 100.
No recorte estadual, o Acre ocupa a 25ª colocação entre os 27 estados da federação, com índice de 56,29. Apenas Maranhão (55,96) e Pará (53,71) apresentam resultados piores. Os dados mostram que, mesmo com crescimento econômico pontual em algumas regiões da Amazônia Legal, os avanços sociais não acompanham esse desenvolvimento.
Um dos pontos mais críticos para a região Norte, incluindo Rio Branco, é a dimensão “Oportunidades”, que avalia o a direitos, inclusão social e educação superior. Este foi o componente com pior média nacional (46,07) e reflete a exclusão de grande parte da população de processos de decisão e mobilidade social. Indicadores como paridade de gênero e raça nas câmaras municipais, violência contra minorias e o ao ensino superior puxaram a nota para baixo.
A Qualidade do Meio Ambiente também é outro gargalo. A Amazônia Legal, da qual o Acre faz parte, foi a região com a pior pontuação ambiental do país, impactada principalmente pelo desmatamento e pelas altas emissões de gases de efeito estufa.