Após serem capturados pela Marinha israelense, Greta Thunberg e outros 12 ativistas — entre eles o brasileiro Thiago Ávila — serão mandados embora para seus respectivos países de origem, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel nesta segunda-feira (9/6).
O navio de ajuda humanitária em que estavam os ativistas tinha como destino a Faixa de Gaza. Ele foi interceptado por Israel nesse domingo (8/6).
A tripulação é composta por 12 ativistas. Além do brasileiro e de Greta, estavam a bordo da embarcação Madleen, do movimento Freedom Flotilla Coalition, o ator de Game of Thrones Liam Cunningham e a deputada sa no Parlamento Europeu, Rima Hassan.
Crise humanitária em Gaza
- Após bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recuou e suspendeu o bloqueio no enclave palestino em 19 de maio.
- Segundo o governo israelense, a medida visava pressionar o Hamas a entregar o restante dos reféns que ainda estão em Gaza.
- A medida agravou a crise humanitária em Gaza, e também fez com que a pressão internacional contra Benjamin Netanyahu aumentasse.
- A embarcação Madleen partiu da Itália em direção à costa de Gaza há uma semana, com o objetivo de levar itens básicos de ajuda humanitária ao território palestino.
- O barco foi interceptado pelo exército de Israel nesse domingo (8/6). O projeto, chamado Freedom Flotilla Coalition, levava ajuda humanitária e também tem como objetivo atrair a atenção da comunidade internacional para o drama humanitário em Gaza.
De acordo com o ministério, os ativistas estão sendo levados para o porto de Ashdod.
“O ‘iate de selfies’ que transporta Greta Thunberg e outras supostas ‘celebridades’ continua sua jornada rumo a um porto israelense. Após a chegada, serão feitos os preparativos para o retorno aos seus respectivos países de origem”, informou a corporação.
Em outra publicação, na rede social X, o ministério mostrou uma foto da ativista Greta Thunberg, recebendo alimentos.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota nesta segunda e afirmou que acompanha “com atenção” a interceptação feita pela marinha de Israel da embarcação. O Itamaraty exigiu de Israel a imediata libertação dos ativistas.
Forçados a ver vídeos de ataque do Hamas
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, parabenizou o exército pela “tomada rápida e segura” da embarcação Madleen, o navio de ajuda humanitária onde estavam os ativistas.
“É apropriado que a antissemita Greta e seus amigos apoiadores do Hamas vejam exatamente quem é a organização terrorista Hamas, que eles vieram apoiar e para quem estão atuando, e quais atrocidades cometeram contra mulheres, idosos e crianças, e contra quem Israel está lutando em sua defesa”, informou o ministro na rede social X.
De acordo com o ministro israelense, os ativistas assistirão a vídeos que mostram o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas iniciou a ofensiva durante uma festa rave. A ação resultou no sequestro de 251 cidadãos israelenses e nas mortes de 1,2 mil pessoas.
Por: Metrópoles