O Acre registrou, entre 1º de janeiro a 2 de junho, 53 focos de incêndio, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apesar de parecer baixo, o número representa um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 38 pontos.
Os índices acendem uma alerta em relação ao período de estiagem, que começa em junho. De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, já há ações preventivas diante da situação.
Nesta terça-feira, 3, o nível do Rio Acre, em Rio Branco, ficou abaixo dos 3 metros pela primeira vez no ano, o que já indica que o rio-branquense deve enfrentar uma seca severa. À GAZETA, Falcão explicou que, a tendência, a partir de agora, é de pouca chuva.
“Talvez só melhore no final de novembro ou na segunda quinzena de dezembro”, enfatizou o coordenador, acrescentando ainda que choveu abaixo do esperado no mês de maio. “A média esperada para maio era de 103,4 mm e choveu 73,4 mm, então choveu abaixo da média em maio, só que em abril nós tivemos 83% a mais de chuva do que a esperada para abril”, disse.
A seca do manancial já acende o alerta para outras consequências típicas do período, como o aumento do risco de queimadas urbanas e rurais, a piora na qualidade do ar e a necessidade de ações preventivas. “Nós já estamos com todos os planos de contingência rodando”, reforçou o coordenador da Defesa Civil.