O agente de Polícia Civil Lincoln Alves Lopes Pessoa tem uma história de compromisso com a solidariedade que começou ainda em 1994, quando prestava serviço militar no Exército Brasileiro. Naquela época, realizou sua primeira doação de sangue. Desde então, o gesto de salvar vidas por meio da doação se tornou parte de sua rotina, especialmente a partir de 2018, quando ou a doar plaquetas de forma regular por aférese no Hemoacre. Neste dia do doador, comemorado no sábado, 14, A GAZETA resolveu contar um pouco dessa história.
Lincoln conta que, antes disso, costumava doar apenas quando sabia de algum caso específico, como um parente, amigo ou pessoa que fizesse um pedido direto. No entanto, um episódio marcou a virada na sua relação com a doação. “Durante uma entrevista com uma enfermeira, perguntei quanto tempo fazia minha última doação e me surpreendi quando ela disse que fazia dois anos”, lembra.
Preocupado com a baixa frequência, Lincoln deixou seu número de telefone com a equipe do Hemoacre e, desde então, ou a receber convocações para novas doações. “Hoje mesmo fiz uma doação por aférese. Me ligaram no início da semana e prontamente aceitei”, contou.
A doação por aférese é uma técnica que permite separar e coletar apenas determinados componentes do sangue, como plaquetas, plasma ou hemácias, devolvendo ao doador os demais componentes.
Atendimento humanizado
Além da vontade de ajudar quem precisa, Lincoln destaca o atendimento humanizado como um grande incentivo. “Os profissionais do Hemoacre estão de parabéns. Somos tratados com muito respeito, carinho e atenção. Sempre que recebo uma ligação da equipe de captação, digo sim e me coloco à disposição para doar”, reforça.
Durante uma das últimas doações, Lincoln foi tocado por uma fala de um servidor da unidade. “Um senhor, muito simpático, que colheu meu sangue para o hemograma, disse que, se existir um lugar melhor que o céu, os doadores de plaquetas vão pra lá. Que ele nos irava pelo nosso gesto. Isso nos motiva ainda mais”, relatou.
Atualmente, as doações de Lincoln são destinadas a pessoas que ele nem sequer conhece, mas que estão em situação crítica de saúde. “Desde 2018, doo plaquetas para pessoas que estão correndo risco de morte. Faço por amor ao próximo. Enquanto eu tiver saúde e puder doar, continuarei fazendo”, afirma o agente.