O Acre apresentou uma redução significativa de 20% nos casos de feminicídio em 2024, na comparação com o ano anterior. Os dados fazem parte do Mapa da Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). A taxa é de 1,32 ocorrências para cada 100 mil mulheres, ainda segundo o documento.
A queda contrasta com o cenário nacional, onde os números permaneceram praticamente estáveis. No Brasil, foram registrados 1.459 feminicídios em 2024, um leve aumento de 0,69% em relação aos 1.449 casos contabilizados em 2023. Apesar do crescimento numérico, a taxa permaneceu inalterada em 1,34 casos por 100 mil mulheres, o que indica que o aumento da população feminina acompanhou a variação do número absoluto de vítimas.
A média de assassinatos por razões de gênero — em contextos de violência doméstica, familiar ou por discriminação baseada no sexo — permanece alarmante: cerca de quatro mulheres são mortas por dia no país. Desde 2020, o número absoluto de feminicídios vem aumentando gradualmente, com exceção de uma pequena retração de 0,14% entre 2022 e 2023.
O histórico recente mostra essa tendência de alta: foram 1.355 casos em 2020, 1.359 em 2021, 1.451 em 2022, 1.449 em 2023 e, agora, 1.459 em 2024. Já a taxa de feminicídios por 100 mil mulheres variou de forma mais sutil. Saiu de 1,27 em 2020, caiu para 1,26 em 2021, e subiu para 1,34 a partir de 2022, mantendo-se nesse patamar até 2024.
A população feminina brasileira também apresentou crescimento no período, ando de cerca de 107 milhões em 2020 para mais de 108,9 milhões em 2024. Esse aumento reforça a necessidade de observar não apenas os números absolutos, mas as taxas proporcionais, para uma análise mais precisa da violência de gênero no país.