“Nós só vamos sentar com a Prefeitura quando tiver uma proposta”. Foi assim que a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, informou À GAZETA que a greve da categoria está mantida. Na manhã desta segunda-feira, 2, os servidores protestaram em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seme) para chamar atenção da gestão.
A categoria cobra o reajuste do piso do magistério, recomposição salarial dos demais servidores, pagamento de auxílios alimentação e saúde, e o cumprimento da horatividade — período extraclasse garantido por lei. Segundo o Sinteac, 80 das 94 escolas da rede municipal seguem com atividades paralisadas.
O sindicato tinha até esta segunda-feira, 2, às 14 horas, para apresentar ao Tribunal de Justiça uma contestação ao pedido de ilegalidade da greve. “Já o fizemos e, agora, é aguardar”, explicou.
Ainda na sexta-feira, 30, o Sinteac e a Prefeitura se reuniram, na 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Acre, em audiência de conciliação, que terminou sem acordo. A gestão municipal solicitou prazo até o dia 10 de junho para apresentar um estudo do orçamento que sirva de base para avaliar a viabilidade das reivindicações da categoria. Como condição, porém, pediu a suspensão do movimento grevista. O Sinteac, por sua vez, informou que não pode decidir sem ouvir a base.
Segundo a presidente do Sinteac, ainda na quarta-feira, 4, será realizado o “Arraiá da Greve”, em frente à Prefeitura Municipal de Rio Branco, a partir das 16 horas.
Prefeitura está aberta ao diálogo
No último dia 16, antes da deflagração oficial da greve, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, minimizou o movimento, afirmando que trata a situação com naturalidade e transparência. Segundo ele, a paralisação não deve prejudicar a gestão, e as negociações com os trabalhadores seguirão critérios técnicos e financeiros.
O secretário municipal de Educação e vice-prefeito de Rio Branco, Alysson Bestene, propôs a criação de uma comissão de negociação e a elaboração de um relatório econômico com a promessa de apresentar uma proposta salarial na segunda quinzena de junho. A condição, no entanto, seria a suspensão da greve — o que foi recusado pela categoria.